quinta-feira, 26 de agosto de 2010


Crueldade

Nua, pedes que eu interrompa o canto da chibata sobre tua carne
Gemes, inutilmente pela condição de dor quete impusestes
Eras livre, e te entregaste a meu desejo
Sabias-me, pervertido, devasso, e mesmo assim te ajoelhaste e puseste em
minha mão o açoite…
Cala-te!
E torna agora a ser apenas uma cria…
Como aprecio teu arrependimento!
As tuas lágrimas são doce licor.
Chora e geme pequeno animal, a longa dor que será ainda teu cativeiro…
Não vieste a mim buscar piedade
Vieste buscar teu prazer insano…
apenas esqueceste que serias antes de maia nada, prisioneira da minha insanidade!

Desconheço o autor.

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